EM GARANHUNS, COMUNIDADE ACADÊMICA CONDENA O FUTURE-SE

Atendendo solicitação da Unidade Acadêmica Garanhuns (UAG), a direção da Aduferpe realizou o debate ‘Future-se: a universidade pública sob ataque’. O encontro ocorreu na quinta (12), com participação do professor Paulo Rubem Santiago (UFPE) e da professora Isabelle Meunier (UFRPE), vice-presidenta da Aduferpe.

A professora Isabelle fez uma apresentação dos principais pontos do polêmico programa. Ela ressaltou que o ‘Future-se’ foi rejeitado pelo Conselho de Representantes, bem como pela Assembleia dos Docentes, Funcionários e Estudantes da Rural. Suas posições foram levadas à reunião do Conselho Universitário da UFRPE, recomendando que aquela instância rejeitasse o Future-se. ‘É importante que a gente apresente nossa posição contrária ao projeto, para que sirva de estímulo às mobilizações contrárias à proposta’, afirmou.

O professor Paulo Rubem Santiago fez uma retrospectiva da política de cortes na educação pública, e também dos desmandos cometidos na área econômica – que vêm resultando em intensa precarização das políticas sociais, num verdadeiro desmonte das responsabilidades do Estado. Além do mais, segundo o professor, ‘o Future-se representa uma intervenção nefasta na autonomia universitária’.

Paulo Rubem também explicou os efeitos da Emenda Constitucional 95, de 2016, sobre os orçamentos sociais – em especial, sobre os recursos da educação. ‘Com a EC 95, se legitimou o saque do capital financeiro aos fundos públicos’. Segundo o professor, está em curso ‘o desmonte da universidade pública, com instauração da privatização das atividades acadêmicas, sob o prisma da financeirização e da acumulação de funções nas universidades e dos institutos federais’.

No final, Paulo Rubem resumiu o pensamento consensual dos participantes do encontro, ao asseverar que ‘o Future-se, simplesmente, não pode ser aceito’.

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