Comunidade acadêmica se posiciona em defesa da autonomia da UFRPE

Seminário realizado pela ADUFERPE discutiu estratégias para o futuro da Universidade e aprovou documento que será entregue aos candidatos à reitoria A ADUFERPE realizou nesta quarta-feira, dia 25, o Seminário Universidade Pública e Democracia: O futuro que queremos. Foi um momento bastante produtivo, de trocas de conhecimentos, com a presença de representantes e professores da Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Universidade Federal da Bahia (UFBA) e do ANDES.

No primeiro momento, houve palestras sobre os desafios da universidade pública frente à conjuntura atual com as medidas do governo Bolsonaro, reafirmando seus princípios e autonomia universitária.Os trabalhos foram abertos pela banda Mistura Visual, composta por integrantes do Instituto dos Cegos. Em seguida, foi realizada a mesa principal da manhã, com a presença do presidente do ANDES, Antônio Gonçalves; da professora titular da UFBA, Celi Taffarel; e da professora

eleita para a reitoria da UFRB e não empossada, Georgina Gonçalves. Os trabalhos foram comandados pela presidenta da Aduferpe, a professora Erika Suruagy. “Nós tivemos uma enxurrada de proposições, na defesa de princípios; na defesa da universidade pública, laica, gratuita e de qualidade; a defesa do princípio da indissociabilidade do ensino, pesquisa e extensão dentro da universidade; do financiamento público, garantido pela União, para que as universidades possam funcionar”, explicou a presidenta.

Seguindo a programação do Seminário Universidade Pública e Democracia: O futuro que queremos, no período da tarde, os trabalhos foram retomados com apresentação da poesia “os processos de luta e resistência”. Em seguida, houve discussões setorizadas em GTs. Foi um momento bastante produtivo, de trocas de conhecimentos, inclusive com a participação de alunos da UFRPE. O Grupo de Trabalho sobre Gestão teve como mediadora a professora Celi Taffarel (UFBA) analisando formas de preservar as carreiras dos docentes, hoje ameaçadas pelo programa Future-se. O GT Ensino teve como mediador o professor José Batista (UFPE), conversando sobre as problemáticas do ensino na atual conjuntura, em busca de soluções para preservar e defender o ensino de qualidade.

Já o GT Pesquisa foi mediado por Everaldo Andrade (USP) e dialogou sobre o papel das produções cientificas à serviço da sociedade. O GT de Extensão contou com a presença da professora Lúcia Marisy (Pró-reitoria de Extensão da UNIVASF), que elaborou com a turma soluções para garantir o tripé indissociável com o ensino e a pesquisa, a fim de criar uma política de extensão específica. Após o momento de reflexão entre os grupos, foram apresentados os pontos fundamentais do ensino, pesquisa, extensão e gestão da universidade, pensando nessa articulação de indissociabilidade.

Assim, foi defendido os princípios democráticos e as ideias reguladoras da universidade, que são a liberdade de pensamento e expressão; a criação e reflexão crítica; a autonomia do saber; a democracia e democratização do saber; e a legitimidade interna e externa. Através das contribuições de cada grupo, foi feita a sistematização das propostas extraídas do encontro, para solucionar as problemáticas presentes no meio acadêmico e assim a ADUFERPE construir a carta final de princípios do Seminário. Ao final, teve música, com a banda de forró Vôte e coffee break.

É fundamental nesse momento de crise reunirmos toda a comunidade acadêmica para lutar pela proteção de nossos direitos e por uma universidade que seja pública, laica e autônoma.

 

 

 

 

 

 

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