O Dia da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha aconteceu pela primeira vez em 25 de julho de 1992, em San Domingos, República Dominicana, por ocasião do I Encontro de Mulheres Afro Latino-americanas e Afro Caribenhas.
No Brasil, o dia 25 de julho tem como nome Tereza de Benguela – uma quilombola do século XIX que, após a morte de companheiro, tornou-se líder do Quilombo do Piolho durante duas décadas, liderando mais de cem negros e indígenas.
Este dia representa a luta pelo empoderamento das Mulheres Negras. Dia de denunciar o machismo como uma cultura cruel que mata e silencia mulheres nas suas casas e nas ruas, violenta sexualmente e psicologicamente os seus corpos e reduz políticas públicas de proteção social, colocando em risco suas vidas e dos seus filhos, e que atinge ainda mais fortemente, as mulheres negras.
Dados da 18ª Edição do Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, de 2023, apontam proporção alarmante de mulheres negras vítimas de feminicídios. Dos 1.467 feminicídios registrados no ano passado, 63,6% foram contra mulheres negras. Desse percentual, 64,3% foram mortas em casa. Isso sem contar com a subnotificação dos crimes, outro desafio a ser enfrentado. A Aduferpe reafirma sua luta contra o racismo e todos os malefícios que recaem sobre as mulheres negras e suas famílias.
Basta de racismo!
Pela vida plena das mulheres negras!