Aduferpe tem audiência com a Reitoria

A reunião entre a direção da Aduferpe e a Reitora da UFRPE ocorreu no último dia (10), após dois meses de protocolada a pauta de reivindicação dos/as docentes à Reitoria e depois de reagendamento pelo gabinete da Reitora. A reunião deu-se às 15h, contando com a presença da reitora, dos diretores da Aduferpe, Erika Suruagy, Isabelle Meunier, Hélcio Batista e Eduardo Jorge, da pró-reitora de Ensino de Graduação, professora Maria do Socorro Lima, de representante da Progest e do técnico-administrativo José Abimael, representante do Delogs.

Ao longo de três horas de reunião, todos os onze pontos da pauta protocolada foram abordados, e para algumas providências foram estabelecidos prazos. Inicialmente, também houve acordo sobre a necessidade da realização de mesa de negociação permanente entre a Reitoria e a Aduferpe, com reuniões periódicas.

Anunciou-se a breve adoção do Sig@ A, substituindo a caderneta eletrônica, cujas limitações técnicas foram atribuídas à base tecnológica da UFPE. A Aduferpe insistiu que avaliação, registro e monitoramento da atividade docente são anseios da categoria, além de serem uma prática já existente, mas que o simples controle não tem objetivo pedagógico – estando associado a interesses externos, como expor as instituições públicas para justificar a privatização e ataques à autonomia. Deixamos claro que o mecanismo de controle é acentuado pela despropositada exigência do bloqueio a cada dez dias, quando a aula não é registrada pelo docente, e da submissão ao coordenador de curso para retornar o acesso.

Os diretores da Aduferpe reafirmaram sua posição quanto à progressão da carreira docente, comentando sobre as várias ações ganhas na justiça. Quanto à liberação docente para pós-graduação, a reitora explanou sobre o “banco de professores equivalentes” e se propôs a esclarecer melhor as situações nas quais é possível a contratação de professor substituto, bem como rever formulário que exige a inclusão de nomes dos colegas para encaminhamento da solicitação, evitando assim constrangimentos aos docentes.

Em relação à dificuldade para publicação na Editora, relatou já ter verificado as condições de funcionamento, além de haver tomado providências. Também foram tratadas questões específicas de manutenção e segurança.

Quanto à creche, a Reitora relatou o atraso da obra e mencionou a próxima reunião com a Prefeitura, após a qual planeja chamar uma reunião com representantes da comunidade, incluindo a Aduferpe, para conversar sobre sistema de gestão.

Sobre a Estatuinte, reivindicamos novamente que o Conselho Universitário – CONSU – revisse a posição de não aceitar a metodologia proposta pela comissão, bem como que se respeite o resultado do Congresso Estatuinte; a discussão será levada novamente ao CONSU.

Por fim, cobramos uma posição pública da reitoria frente ao grave momento político, que exige de nós uma defesa intransigente da democracia e da universidade pública, tendo a reitora se mostrado sensível ao pleito, se comprometendo a analisar a questão. A nota externando a posição da UFRPE foi publicada no site da Universidade, no dia 15 de outubro de 2018.

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