A Aduferpe torna público sua indignação diante da perseguição promovida pelo governo federal às universidades brasileiras, concretizada no corte generalizado de 30% dos seus recursos orçamentários.
O corte no orçamento e todos os argumentos falaciosos e desrespeitosos que tentam justificá-lo, além da anunciada perseguição aos cursos das ciências sociais e humanidades, tem origem em visões ideológicas deturpadas, sem qualquer respaldo técnico ou social.
O corte indiscriminado de recursos, sem critérios objetivos e sem sintonia com a realidade, representa o início da destruição de milhares de vagas no ensino superior e de oportunidades de formação de milhares de jovens. Junto a isso virá a destruição de muitas pesquisas em andamento em todo país, pondo em risco o nosso futuro como nação soberana e desenvolvida.
Só em Pernambuco, a UFRPE e a UFPE já anunciaram em nota a impossibilidade de manutenção das atividades já no segundo semestre de 2019, uma vez que os cortes incidem sobre o orçamento de custeio e capital.
Esse ataque às universidades segue como um desdobramento daquele efetuado contra os sindicatos no país inteiro, quando o governo, via medida provisória, cancelou a possibilidade de financiamento dos sindicatos, ao cortar o desconto da contribuição sindical em folha de pagamento.
Estamos vivendo um momento seríssimo de aprofundamento dos ataques ao Estado de Direito, às normas do regime democrático e às garantias dos direitos individuais e constitucionais.
Neste sentido, a Aduferpe se posiciona pelo chamamento de toda categoria de professores a cerrar fileiras na resistência contra todas as medidas autoritárias e destrutivas deste (des)governo federal.
Diante da destruição só há uma saída: a resistência e organização para a greve geral, em processo de organização pelas maiores centrais sindicais do Brasil.
A Aduferpe também conclama todos e todas a fortalecer a unidade de ações entre professores, estudantes, técnicos administrativos e funcionários terceirizados na defesa de seus direitos, das universidades e da soberania do Brasil.
Trabalhadores e trabalhadoras, mais do que resistir, é preciso reagir.
Vamos fortalecer a Greve Nacional da Educação – 15 de maio, rumo à
Greve Geral – 14 de junho.














