No dia 3 de outubro, a Aduferpe estará realizando o debate “Genocídio na Palestina: Laboratório Colonial do Imperialismo Contemporâneo”, que propõe um mergulho crítico nas estruturas que sustentam a violência sistemática contra o povo palestino — uma violência que não é episódica, mas contínua, institucionalizada e transmitida em tempo real para o mundo inteiro. O evento acontecerá às 19h, no auditório do Sintepe, Rua General José Semeão, 41, Santo Amaro.
Participará do debate Manoel Moraes, ativista de Direitos Humanos, advogado e cientista político da Cátedra Dom Helder Camara da UNICAP. Ele integrou a Comissão Nacional da Anistia. Também na mesa do debate o historiador Pedro Vasconcellos, da Ufal, e o presidente da Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal), Ualid Rahab.
O evento se propõe a ir além das narrativas superficiais. Afinal, o que se passa na Palestina não é um “conflito” entre forças equivalentes. É um projeto colonial de ocupação, uma política de apartheid e limpeza étnica que, há décadas, reduz territórios, apaga culturas e extermina vidas. A brutalidade imposta ao povo palestino — bombardeios, demolições, bloqueios, assassinatos de civis — não pode ser normalizada nem relativizada. Trata-se de uma violação sistemática dos Direitos Humanos, ignorada por organismos internacionais e sustentada por potências que se dizem democráticas.
O direito à vida, à liberdade, à autodeterminação e à dignidade são negados diariamente, enquanto o mundo assiste em silêncio cúmplice. Este evento é um espaço para escutar vozes que denunciam, resistem E constroem pontes entre a luta palestina e outras lutas anticoloniais.
É também uma oportunidade de reconhecer que o imperialismo contemporâneo não se limita à ocupação territorial — ele se infiltra nas narrativas, nas mídias, nas políticas que desumanizam e silenciam.













