Docentes da UFRPE recusam proposta do Governo e decidem pela manutenção da greve

Reunidos em Assembleia da Aduferpe nesta tarde (23), no auditório do Cegoe, e na quarta (22), na Unidade Acadêmica de Serra Talhada (UAST), os docentes da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) votaram pela continuidade da greve por 124 votos favoráveis, 3 contrários e 0 abstenção.

Um dos pontos centrais para o movimento nacional paredista é a recomposição do orçamento das universidades. Segundo a Andifes, hoje são necessários R$ 2,5 bilhões para recompor o orçamento este ano. No entanto, o govrno está oferecendo apenas R$ 347 milhões. Nesse quesito, o movimento grevista está sugerindo a criação de um grupo de trabalho permanente para discussão do orçamento.

Sobre o reajuste salarial, a categoria rejeita a proposta do governo, que não prevê reajuste para este ano. Para piorar, o Governo agora se recusa a continuar negociando com as entidades representativas dos servidores das instituições públicas federais.

Os servidores reivindicam aumento linear para 2024, incluindo os aposentados que não tiveram nenhum reajuste até agora. O movimento propõe a elaboração de uma contraproposta de reposição linear de 3% até julho de 2024, 9% em janeiro de 2025, e 3,5% em maio de 2026.

O movimento também exige a revogação das Reformas Trabalhista e Previdênciária, além da extinção da PEC 32, que ainda encontra-se no Congresso e representa a desestruturação dos serviços públicos.

A pauta de reivindicações grevista pede também a correção das distorções entre as carreiras, além de encaminhamento de um estudo para equiparação dos benefícios aos demais poderes até 2026.

A Greve dos docentes da UFRPE foi deflagrada no dia 29 de abril. Neste período, o Comando Local de Greve (CLG) tem mantido uma agenda permanente de mobilizações na sede, nas unidades acadêmicas e também em Brasília juntamente ao Comando Nacional de Greve do ANDES-SN, do qual a presidente da Aduferpe, Nicole Pontes, faz parte.

Segundo informações do Andes-SN, até o dia 21 deste, 58 instituições federais de ensino estão em greve, o que consolida cada dia mais a força do movimento.

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