Docentes não aprovam protocolo de retorno presencial da UFRPE
A Aduferpe realizou, na tarde desta quarta (24), a 390ª Assembleia Geral Extraordinária e a 11ª virtual, que contou com a participação de dezenas de professores/as. O foco central de quase quatro horas de discussões foram os problemas contidos no protocolo de retorno presencial 2021.1.
Entre os encaminhamentos, destaca-se a divulgação de documento com uma síntese das discussões ocorridas na Assembleia acerca de vários pontos de impropriedades dos critérios adotados pela gestão da UFRPE para o retorno presencial, no período 2021-1. O documento deverá ser encaminhado pelos conselheiros da Aduferpe aos colegas e gestores dos seus Departamentos.
Outro encaminhamento é a solicitação de uma audiência com a gestão da Reitoria, na sede e UAST, para apresentação das considerações sobre os documentos colocados em consulta pública e também a ampliação do prazo para discussão do retorno presencial e protocolo de segurança. Participarão dessa agenda a Aduferpe, conselheiros/as e professores/as da base.
Os/as docentes também exigiram a realização de audiência com a Reitoria e ato presencial, se possível simultâneos, na sede da UFRPE, para discutir a viabilidade do retorno presencial. Também ficou decidido que se solicite à Reitoria a realização de uma apresentação do seu plano, em formato presencial, em plenárias realizadas no Recife e em Serra Talhada, para que a discussão envolva docentes, discentes e técnicos.
Foi deliberada a necessidade de encaminhar um documento à Reitoria, solicitando a elaboração urgente de um Protocolo de Biossegurança que contemple, efetivamente e detalhadamente, medidas para o retorno das atividades presenciais. Entre elas, a exigência de comprovação de vacinação, disponibilização periódica de testagem, uso de equipamentos de segurança sanitária e muitas outras questões pertinentes à pandemia.
A Assembleia ainda aprovou o agendamento de uma reunião temática com a gestão, para que se explicite princípios, características e condições à implementação do “ensino híbrido”. “Consideramos que a alternância entre as atividades presenciais e o precário ensino remoto não são suficientes para definir algo hoje preconizado por alguns como futuro da educação superior”, ressaltaram os participantes.
Por fim, ainda ficou acertado a realização de um processo de mobilização em plenos, NDEs e demais instâncias internas, para que aconteçam discussões sobre as condições de retorno e o calendário acadêmico, de forma que os representantes nos Conselhos votem de acordo com a vontade da maioria.