Nós, da Aduferpe, acreditamos que se procura construir, na UFRPE, uma cultura de compreensão, liberdade e respeito. Por isso, é urgente esclarecer fatos que apontam para direções distintas e perigosas, que precisam ser do conhecimento de todos para que não tornem a se repetir.
Por ocasião da JURA – Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária – foi erguido um barracão na praça entre o CEGOE e a Aduferpe, sendo usado posteriormente para outras atividades coletivas, inclusive abrigando evento no dia 26 de setembro, do EPEPE – Encontro de Pesquisa Educacional de Pernambuco, com participação do MST – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, o qual teve sua bandeira afixada na estrutura. Hoje, quinta-feira 27 de setembro, logo de manhã, a comunidade universitária assistiu surpresa e indignada o barracão ser destruído sem qualquer aviso prévio, diálogo ou justificativa, sob a alegação de expiração de licença. A ordem, oriunda de alguma chefia de escalão inferior, foi logo depois desautorizada pela gestão superior da Universidade, seguindo-se a segunda ordem para se reerguer o barracão, o que já está tendo efeito.
Independente do desfecho para o ocorrido e a justa correção do grave erro a tempo, é fundamental que façamos uma reflexão: não podemos permitir que o autoritarismo que parece contaminar a sociedade penetre no campus e nos atos cotidianos dos colegas professores, técnicos e estudantes, interpondo a “força da lei” acima do legítimo. É fundamental que a compreensão da Universidade a respeito da construção de uma sociedade mais justa reflita-se nos nossos atos do dia-a-dia.
Que se reerga o barracão como símbolo da nossa acolhida ao MST e a todos os movimentos sociais que lutam pelos direitos do povo!
Que se reerga o barracão como símbolo de nossa resistência ao autoritarismo!