A última palestra do Ciclo de Debates da Aduferpe, que aconteceu na sexta (24), abordou a temática “Pesquisa e extensão universitárias:produção do conhecimento e transformação social”, com a professora convidada Joelma de Oliveira Albuquerque da UFAL – Campus Arapiraca.
Ela começou abordando questões relacionadas ao papel e aos espaços destinados à pesquisa, pós-graduação e extensão na universidade e como se articulam com o ensino, a pesquisa e a extensão.
A professora da UFAL frisou a importância de estar fazendo esse debate em uma universidade que completa 111 anos; está fazendo consulta pública sobre a implementação de políticas de equidade e diversidade de gênero na UFRPE; tem 2154 alunos na pós-graduação stricto sensu; mais de 1200 professores, mais de mil técnicos e cerca de 17 mil estudantes. E que, além disso, disponibiliza anualmente mais de 4 mil vagas nos cursos de graduação; tem campi e estações de pesquisa situados no Litoral, na Zona da Mata, no Agreste e no Sertão de Pernambuco.
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Considerando este contexto, a professora Joelma apresentou alguns elementos para o debate em torno dos temas delimitados: o papel e os espaços destinados à pesquisa, pós-graduação e extensão na universidade; e a articulação ensino, pesquisa e extensão e organização das ações nessas dimensões formativas.
Para ela, é grande a disparidade entre extensão e pesquisa, sinalizando a prioridade dada à pesquisa, e a desvalorização da extensão no processo formativo. “Há um explícito problema na articulação entre pesquisa, extensão e ensino no percurso formativo”, destacou.
Pelos números apresentados, em 2018.1, a UFRPE tinha apenas 168 alunos em atividades extracurriculares de extensão; enquanto que 1030 atuavam na pesquisa na modalidade presencial; na modalidade EAD, o número é zero e cinco respectivamente.
Ela também discutiu a necessidade da universidade estar preprada para trabalhar a extensão, principalmente com equipamentos de mobilidade. Também frisou que é preciso trazer a comunidade do entorno para a universidade, quebrando as barreiras e o isolamento em que vive a universidade.
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Ao final, apontou como podemos avançar por meio de lutas organizadas pelas reivindicações, dando exemplos, como: recomposição dos orçamentos das IFES, combate às ações privatistas, lutar contra a reforma administrativa, revogação da reforma da previdência, reorganização da carreira do magistério superior, com isonomia (hoje temos uma disparidade grande entre docentes), recomposição do quadro docente e técnico administrativo e revogação de normatizações que ferem a autonomia universitária e rebaixam os cursos, permitindo ações de privatização na pesquisa e na extensão.
Todo o debate foi gravado e você pode conferí-lo no canal do youtube da Aduferpe.