A eleição 2018 terminou: A história segue seu rumo!A luta continua!

A Aduferpe, coerente à sua tradição de luta e defesa da democracia e do trabalhador, entende que estamos entrando emoutro período,no qual o contexto da luta de classes exige que nos mantenhamos organizados, defendendo as instituições construídas pelos trabalhadores. Este períodoserá de intensa resistência eintransigente defesa da democracia e dos direitos sociais conquistados pela maioria do povo brasileiro. Não é demais repetir: a história não acabou.

Finalizado o segundo turno das eleições presidenciais, nosso país lançou-se à extrema direita do espectro político. Teremos um governo orientado a se impor pelo medo, pela perseguição, pela paranoia autoritária de ver no povo brasileiro o inimigo a ser combatido, para “acabar com todo ativismo”.

Ataquesà liberdade eàs ações de resistência não serão aceitos pelas forças democráticas. A irracionalidade autoritária da deputada do PSL, estimulando estudantes a denunciarem professores no exercício de sua autonomia de cátedra, e as ações arbitrárias do aparato judicial e policial em diferentes instituições de ensino federais, onde deve reinar a liberdade de pensamento e expressão, são duas situações recentes, prontamente combatidas por sindicatos,pelo Ministério Público e pelo STF, o qual proferiu decisão unânime em defesa da liberdade de expressão, de cátedra e da autonomia universitária. Escolas e Universidades não são lugares para vigilância e intolerância, muito menos violência policial e judicial!

Esses aspectos da realidade já mostram que estamos do lado certo da história e que, politicamente, não estamosem situação de derrota irremediável. Uma lição importante é entender que o campo populare democrático resistiu, organizou-se, foi às ruas, se fez ouvir firme e forte. Hoje, precisamos reafirmar a posiçãoereaglutinar todas as forças politicas democráticas para um período de resistência unificada, organizada, sem dispersão.

As pautas fundamentais para a maioria da população continuam na ordem do dia: Resistir e barrar a reforma da previdência; revogar a EC95; revogar e impedir as privatizações do patrimônio nacional; defender o Sistema Nacional de Saúde – SUS;defender a Universidade pública, gratuita, laica e de qualidade; lutar e defender os direitos e a proteção ao trabalho e ao trabalhador;lutar e defender os trabalhadores funcionários públicos,novamente acusados, por um discurso requentado, de privilegiados; lutar por políticas concretas de criação de postos de trabalho e de renda; lutar para barrar a estupidez de se instituir uma carteira de trabalho azul e outra amarela, o que aprofundaria as diferenças entreos trabalhadores com direitos e aqueles com direitos rebaixados.

Estamos diante da necessidade histórica de construirmos saídas políticas e sindicais reais, concretas, que efetivamente aglutinem os que vendem sua força de trabalho, no setor público ou no setor privado. Para isso,sindicatos, comitês e demais espaços onde os trabalhadores se sentem representados, partidos políticos, assim como espaços culturais e comunitários, precisam ser fortalecidos e unidos pela defesa das pautas que afetam diretamente a vida das pessoas, pois como diz uma antiga consigna “Estamos na luta para vencer, e se não vencemos ainda, é porque a luta não terminou”.

Avante!!

Saudações Sindicais!

A Diretoria

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